O 3 de dezembro
A cidade de Nova Cruz completou 94 anos de emancipação política, neste
dia 03 de dezembro e estamos colocando esta matéria com alguns fatos sociais e
políticos de nossa cidade, nesta semana de “comemorações”.
A origem de Nova
Cruz:
O primeiro nome foi Urtigal por motivo de a região ter a existência de
urtigas por toda parte.
Uma propriedade rural agropecuária situada ás margens do rio
Aririmatau, surgiu como Anta Esfolada, pela tradição, diz a história que havia um
animal feroz, uma ANTA, que diziam possuir o espírito maligno e era um mal
augoro a quem conseguisse apanhá-la em dias de azar. Pois um caçador prendeu a
Anta em uma armadilha, em uma sexta-feira e resolveu, para tirar-lhe o feitiço,
esfolá-la viva. Em que no primeiro corte, a Anta deu um salto e escapou,
deixando o couro na mão do caçador e embrenhou-se, esfolada, pela mata,
adquirindo a fama de animal feroz.
Um missionário e exorcista, o Frei Serafim de Catânia, pediu alguns
galhos de Inharé, advindos de Santa Cruz, que fincou no ponto mais alto, onde
costumeiramente passava o animal e assim, ninguém mais viu a Anta Esfolada e o
povoado passou a denominação de Nova Cruz. Isso por que se colocava cruz com
galhos comuns, até que se colocou com galhos de Inharé e ficou uma Nova Cruz.
Nova Cruz pertenceu, quando Anta Esfolada, A Vila Flor, Goianainha e
Serra de São Bento. Nessas dependências existiam os fatores religiosos e
administrativos.
As primeiras
décadas:
O município foi criado em 15 de março de 1852, lei nº 245, já a
emancipação é de 03 de dezembro de 1919, lei nº 470. A bandeira do município é
de 02 de dezembro de 1855.
O criador do projeto de emancipação política de Nova Cruz foi o
Deputado Estadual Francisco Bruno Pereira.
Nova cruz foi povoado aos poucos e de forma muito dispersa e com mais
densidade, ás margens do Rio Curimatau.
Os pioneiros na
política
Os pioneiros na política nova-cruzense, foram justamente os primeiros
prefeitos intendente e os nomeados:
PREFEITOS INTENDENTES:
Odilon Amâncio Ramalho (1919
á 1923), Nestor Marinho (1924 á 1926).
Tanto Odilon Amâncio como
Nestor Marinho deram os primeiros passos na administração de um novo município.
Não tenho dados sobre alguma homenagem a Odilon Amâncio, mais Nestor Marinho
fez uma grande administração, a ponto de ter sido homenageado com nome em rua e
em escola importante de Nova Cruz.
PREFEITOS NOMEADOS:
Mário Manso (1927 á 1929),
Antônio Arruda Câmara (1930 á 1934), Mário Gadelha Simas (1935 á 1937), Mário
Manso – 2ª vez (1938 á 1941), Major Severino Elias (1942 á 1944), Antônio
Arruda Câmara – 2ª vez (1945 á 1947).
Mário manso foi prefeito por
duas vezes, tendo uma certa dificuldade em sua primeira administração mais fez
uma administração excelente em sua segunda vez, tendo Nova Cruz começado a ter
seus primeiros empreendimentos.
Antônio Arruda Câmara também
por duas vezes prefeito fez uma administração voltada para o início das
construções em Nova Cruz. As principais foram:
Construiu o prédio da
prefeitura, o cemitério, o reservatório de água, o açougue público, o cacimbão,
o açude recreio, diversos reservatórios de água na zona rural.
A grande homenagem ao principal
nome da política de Nova Cruz no início de tudo sobre administrar, o Sr Antônio
Arruda Câmara, foi ter o prédio da prefeitura reformado e ampliado com mais um
piso ou andar, na administração Targino Pereira Neto (1989 á 1992), até então
adversário da família Arruda Câmara, e ter denominado PALÁCIO ANTONIO ARRUDA
CÃMARA com homenagem em placa simbólica no patamar do prédio e no hall de
entrada da prefeitura.
PREFEITOS ELEITOS:
Lauro Arruda Câmara, primeiro
prefeito eleito (1948 á 1950), Adauto de Carvalho (1950 á 1952), Ormildo Matos
(1953 á 1957), Joanita Arruda Câmara, primeira mulher eleita (1958 à 1962).
Lauro Arruda eleito prefeito
administrou por dois anos e depois foi eleito Deputado Estadual com a maior
votação do Estado.
Ornildo Matos teve como marca
em sua administração, o setor de saúde, em que o mesmo era médico e não deixou
de atuar em sua área.
Joanita Arruda Câmara, prefeita
eleita pelo antigo PSD ficou conhecido como “Mãe dos pobres” ou “Mãe gorda”,
tinha uma marca forte de administrar Nova Cruz, tendo como bandeira a luta pelo
social pelos mais pobres. Uma dignidade de pessoa e muito religiosa.
A economia:
Desde a origem da emancipação política de nosso município que a
economia se estruturava com a agricultura e a pecuária, esses dois seguimentos
por muito tempo eram os carros-chefes de nossa economia. Com o êxodo rural, na
década de 70 e conseqüente inchaço das zonas urbanas, criando-se as periferias
das cidades, a agricultura e a pecuária foram ficando em segundo plano e em
Nova Cruz não seria diferente. O município viveu também os tempos das Usinas de
óleo e de algodão. Os Curtumes de Otaviano Pessoa, Adauto de Carvalho, José
Alves da Costa e de Joanita Arruda Câmara; existiam as fábricas de bebidas de
José Veríssimo, a de José André Dias e a de Paulo Bezerra que produziam
vinagre, aguardente, zinebra, vinho de caju e de jurubeba; fabricas de redes;
mais de 30 sapatarias que fabricavam e vendiam para todo o agreste potiguar e
para a Paraíba e Pernambuco; alfaiatarias, pelo menos 4 conhecidas; a de
Santino, a de Zacarias, a de Oscar e a de NôFefa.
Nova Cruz já teve agencias bancárias do Itaú, Bradesco, Bandern (faliu)
e Apern (extinta).
A REALIDADE DA ECONOMIA
DE HOJE:
Hoje a economia vive basicamente do comércio de diversos seguimentos,
do funcionalismo público estadual, municipal e federal; fabrica da alpargatas,
pequena fábrica de bolsa e mochila no bairro São Judas Tadeu, fábrica de bonés,
serralharias, serrarias; a feira livre continua sendo a maior da Região Agreste
onde agrega grande parte do comércio informal.
Contamos com duas agencias bancarias: Banco do Brasil e Caixa Econômica
Federal
O esporte – União x
São Sebastião:
O esporte novacruzense teve anos de destaque no futebol da Seleção de
Nova Cruz da década de 40 e 60, na rivalidade dos dois principais clubes de
futebol, o União e o São Sebastião, nas décadas de 50 até os anos 80. Atletas
como; Pilóia, Rocino, Antônio Contente, Zé Lequinha, Feitiço, Brejeiro e dos
anos 60 como: Luiz Pereira, Pompila, Gato Ciço, Antonio, Bebé, Luizão,
Carneirinho, Ciço Genuíno, Arimatéia, Neto da praça Canarinho, Zé Cunha,
Chicão, Pernambuco, Paulo Araruna, Tiro Pêlo, Ciço de Julia, entre outros
tantos que marcaram o futebol de nossa terra. No momento atual não há grandes
destaques em nosso município e na verdade as equipes passam por grandes
dificuldades. Agora além de São Sebastião e do União que estava desativado,
temos equipes como o Frei Damião, o Palmeiras, o Cidade do Sol, as equipes do
Alto de Santa Luzia: o Flamengo, o Esperança e o América, todas sem nenhum
incentivo por parte do poder público, em participar de competições. Apenas o
São Sebastião e a equipe Cidade do Sol estão participando de uma competição
regional, mais sem nenhum apoio do poder público.
OUTROS ESPORTES:
Destacar os esportes escolares. Nova Cruz desde 2003 na administração
do ex-prefeito Cid Arruda sedia os jogos escolares do Rio Grande do Norte
“JERN´S”.Na época Cid Arruda prefeito, teve que estruturar todo o complexo
poliesportivo e reforma do Ginásio Geovana Targino, para garantir a Regional de
Nova Cruz.
AS
FESTAS TRADICIONAIS;
AS
FAMÍLIAS TRADICIONAIS (PERSONAGENS QUE FIZERAM A HISTÓRIA DE NOVA CRUZ);
A
POLÍTICA DOS ANOS 60, 70 e 80.
As festividades dos
padroeiros – Nossa Senhora da Conceição, São Sebastião, Santa Luzia:
A festa de nossa Padroeira havia ganho um impulso muito grande na
administração de Cid Arruda, que procurava trabalhar em conjunto com os que
organizavam a quermesse, dando toda estrutura possível e não banalizando a
parte profana, em não trazer bandas de forró que denegrissem a imagem da festa
e afastassem as famílias da quermesse.
Estamos vivenciando exatamente o período da festa da Padroeira da
Cidade, Nossa Senhora da Conceição. A quermesse acontece do dia 28 de novembro
ao dia 08 de dezembro, data da Padroeira de Nossa Cidade. A paróquia
disponibiliza barracas, diversas tendas, mais o que vemos atualmente é uma
decadência, no tocante ao apoio e estrutura por parte do poder público que
acaba tornando parte da festa em palanque político, a ponte de colocar no meio
das festividades da padroeira, um bolo de 15 metros e de cor verde, em alusão
ao partido político do atual prefeito, para se comemora o aniversário da cidade
que na verdade está completando 93 anos, então a lógica seria um bolo com 93
metros, mesmo que seja verde, azul, amarelo, vermelho, etc. Além de bandas, as
chamadas “Forrós de Plástico” que não trás nenhuma cultura e denigre a imagem
da festa.
Espera-se que este ano os paroquianos tenham mais as coordenadas da
festa da padroeira.
Já as festa de Santa Luzia que é dias 12 e 13 de dezembro é de certa
forma mais tranqüila e menos politizada.
Já a próxima festa do Padroeiro do Bairro mais populoso e famoso de
Nova Cruz, a festa de São Sebastião promete muito para o ano de 2012, pois é
ano de eleição para prefeito e vereador e sempre nestes anos de eleição a festa
de São Sebastião, com barracas, leilão, etc., acaba virando um termômetro da
popularidade de eventuais e pretensos candidatos
As famílias
tradicionais:
No livro ‘NOVA CRUZ’ ”retrato de uma história” do Professor
Pedro Marinho da Silva o “Professor Pedrinho”, que nesse período é recomendável
a sua leitura, há um Capítulo em especial que me chama muito a atenção, que é o
que trata de “PERSONAGENS QUE FIZERAM A HISTÓRIA DE NOVA CRUZ”. Particularmente
se eu pudesse e tivesse o Professor Pedrinho que reeditar o livro eu incluiria
o nome do meu Pai, o Dr. José Cunha Lima, Advogado, formado pela UFPB, contemporâneo
de juristas como Dr. Targino e que escolheu Nova Cruz para colocar sua humilde
Banca de Advocacia Geral e tenha sido o pioneiro em instalar em 1980 um
Escritório de Advogado na cidade de Nova Cruz, juntamente com o saudoso
Josalboas Martins Arruda um colega seu e que faleceu poucos anos depois em que
montaram o escritório na tradicional Rua 13 de maio. Eram chamados de Advogados
da 13. Não se tem registro na história de Nova Cruz de escritórios de
advocacia, antes do Escritório de Dr. José Cunha Lima. Hoje com 76 anos de
idade e não trabalhando mais o Sr, José Cunha Lima ainda tem Escritório que
fica na Rua Dr. Pedro Velho, vizinho a tradicional mercearia do Sr. Luiz Roque.
Também hoje há diversos Escritórios de Advocacia espalhados por toda Nova Cruz
e a título de registro, o segundo a instalar Escritório de Advocacia em Nova
Cruz foi o Dr. José Morais Neto, hoje Procurador Municipal.
“PERSONAGENS QUE
FIZERAM A HISTÓRIA DE NOVA CRUZ” E QUE “GOSTAM DE NOVA CRUZ”
Entre tantos novacruzenses citados no livro do Professor Pedrinho citar
alguns deles que se dedicaram a engrandecer o Nome de Nova Cruz por toda parte
por onde estivessem.
Até hoje existe uma parcela de pessoas de Nova Cruz que residem em
Natal e que por motivo de trabalho ou outras situações, se reúnem em uma
tradicional missa feita para os novacruzenses radicados na Capital.
Personagens que nos primeiros dias de nossa cidade, formaram a
sociedade que gostava e gosta de nossa terra e formaram Médicos, Advogados,
Engenheiros, Comerciantes, Autônimos, Atletas Profissionais, Grandes Políticos,
Religiosos, Professores enfim grandes homens e mulheres construtores de Nova
Cruz.
Aério Nicolau da Costa:
Antônio Arruda Câmara: foi o primeiro grande
construtor da obra novacruzense. Não só construtor de obras físicas, como é o
prédio da prefeitura, mais construtor de uma família que se dedicou e se dedica
por Nova Cruz até hoje;
Alfredo Santana: formou a tradicional família de
pessoas que gostam de Nova Cruz. Pai de Higino Nicolau de Santana que foi
vereador estimado em nossa cidade;
Adauto de Carvalho: um dos primeiros e brilhante
político de nossa cidade, ligado a Antônio e Lauro Arruda até uma abertura
política de época e passar ás fileiras da UDN.
Aristides Porpino da Silva: paraibano que chega a Nova
Cruz na década de 40 e forma uma grande família. Já falecido, mais a casa onde
morou, na rua 7 de setembro ainda reside Dona Iracema, uma Sra com uma lucidez
de dá inveja a muito jovem.
Arcelina Fernandes de Souza: Professora, Diretora do
Alberto Maranhão, formou gerações de novacruzenses. Hoje dá nome a Biblioteca
do Rosa Pignataro.
Celso Lisboa: fundador do União Sport Clube, o que
mais gostava de fazer era se dedicar ao futebol de nossa terra.
Diógenes da Cunha Lima: um poeta e escritor, homem
sábio e formou uma família bem sucedida e que muito faz por sua terra. Os
filhos Arian, Gilma, Marcelo, Daladier, Olindina e Diógenes Filho. Diógenes foi
praticamente o criador da festa de Santa Luzia no bairro do mesmo nome.
Diógense foi também Promotor de Justiça em Nossa Cidade. Teve dois dos filhos
como Reitor da UFRN, Daladier e Diógenes que tem um dos escritórios de
Advocacia mais respeitado do Estado. Arian foi Prefeito em Passa e Fica; Dona
Gilmar preta relevantes serviços sociais a sociedade novacruzense; Marcelo,
agropecuarista e atualmente é Vereador do Nosso Município.
OUTROS NOMES QUE GOSTARAM, GOSTAM E FIZERAM POR NOVA CRUZ
Sr. Edgar Viana;
Sr. Fenelon de Oliveira
Sr. Gilberto Tinoco;
Sr. José Luiz Moreira;
Sr. José Maurício Barreto (Zé
dos Passos);
Sr. José Alexandrino da Silva
(Zé do Café);
Sr. Francisco Bezerra Souto: formador de uma família
admirável. Proprietário da “CASA FRANCISQUINHO BEZERRA” um comércio que hoje
não existe mais, é hoje uma sobrado fechado na rua Dr. Pedro Velho, esquina com
Cel. Anísio de Carvalho. Os filhos Adriano, Violante, Ana Maria, Valéria
(professora de muita gente aqui em Nova Cruz, me incluo), Dr. Bernardo, médico
em Natal.
Sr. José Bezerra dos Anjos (sei
Zezito);
Sr. Luiz Pereira;
Sr. Mário Manso:
Dona Dalva Manso; filha de
Mário Manso;
Maria Irene de Albuquerque
(irmã Irene);
Professora Maria Francelina de
Souza;
Sr. Otaviano Pessoa;
Sr. Odilon Amâncio Ramalho;
Dona Joanita Torres Arruda
Câmara;
Lauro Arruda Câmara;
Djalma Marinho;
José Peixoto Mariano;
Targino Pereira da Costa Neto;
Cid Arruda Câmara.
Evidentemente, existem muitos
outros nomes de pessoas que fizeram parte da história de Nova Cruz.
A política dos anos
60, 70 e 80:
PREFEITOS DE 1962 Á
1988
José Peixoto Mariano (1963 á 1967), Severino Augusto de Morais (1968 á
1972), José Peixoto Mariano (1973 á 1977), Luiz Moreira Neto (1978 á 1982),
José Peixoto Mariano (1983 á 1988).
Os anos 60 foram marcados pelo fim das disputas entre UDN e PSD, dando
abertura a outras como as entre PDC e o MDB (dissidência do PSD), começava a se
destacar o jovem José Peixoto Mariano e a fazer seus sucessores na prefeitura,
contando com um aliado muito forte na época que era os tempos da ditadura
militar e dos governadores biônicos (governadores que não eram eleitos pelo
voto direto). José Peixoto elegeu-se por três vezes, fazendo sucessores como
Severino Augusto e Luiz Moreira Neto.
As disputas neste período se centralizavam entre candidatos da ARENA
(Aliança Renovadora Nacional), que defendia a Ditadura Militar e o MDB
(Movimento Democrático Brasileiro). Desses partidos surgiram o PDS – Partido
Democrático Social (antiga Arena) e MDB virou PMDB – Partido do Movimento
Democrático Social.
Em 1968, Severino Augusto de Morais (ARENA) foi eleito Prefeito, tendo
José de Arimatéia como vice-prefeito que em 1972 rompe com o grupo de José
Peixoto para ser o candidato a Prefeito pelo MDB, contra o candidato da Arena,
que era novamente José Peixoto Mariano. José de Arimatéia perde a eleição para
José Peixoto que vai para seu segundo mandato.
Em 1978 Peixoto faz seu sucessor. É eleito Luiz Moreira Neto (ARENA),
Luizinho como era conhecido, tendo o Sr. Antonio Matias da Costa como
vice-prefeito. Luizinho havia derrotado o Sr. João Agripino (MDB) e Geraldo
Guerra como vice-prefeito
Os anos 80 começavam as reformas partidárias, mesmo que devagar, surgem
novos partidos, dissidências novamente. Surge: o PT, a reafirmação de PCB, a
ARENA passa a ser PDS e o MDB passa a ser PMDB. Para 1982 surge a candidatura,
novamente de José Peixoto Mariano pelo PDS 1, tendo Anselmo Augusto como vice.
E um novo nome na política de Nova Cruz, o Dr. Targino Pereira da Costa Neto,
promotor de justiça, tinha sido prefeito em duas cidades no vizinho Estado da
Paraíba, em Araruna e Tacima, na década de 70 e nos tempos atuais, mais duas
vezes em Campo de Santana, antiga Tacima (2008 á cumprir até 2012), como
candidato do PDS 2, TENDO João Agripino como vice (na época podia se ter duas
candidaturas pelo mesmo partido).
A oposição no caso o PMDB 1 tinham Geraldo Gerra e PMDB 2 Rivaldo
Garcia. José Peixoto Mariano é eleito pela terceira vez, tempos depois Targino
Pereira se filia ao PMBD.
O INUSITADO:
As siglas PDS 1 levava o nº 15 e PDS 2 levava o nº 16. Já o PMDB 1 era
55 e o PMDB 2 era 56
As administrações deste período não passavam por fiscalizações e não
existiam leis que regulamentassem a eficácia na aplicação de recursos. Com
relação ás eleições, até hoje se comenta como era o sistema de votação, na base
da cédula eleitoral e em títulos eleitorais com facilidade de cometer
irregularidades como “defunto votar”, etc.
Estes prefeitos entre 1962 e 1988 tiveram sua importância na
administração de Nova Cruz, mesmo porque qualquer prática administrativa era
praxe da época em todo o Brasil.
Fim dos anos 80 e a política
a partir dos anos 90 até hoje:
Targino Pereira da costa Neto (1989 á 1992),Vandi Ernesto de Andrade
(1993 á 1996), Germana Azevedo Targino, segunda mulher eleita (1997 á 2000).
Pela nova lei eleitoral Germana tinha direito a se candidatar a reeleição mais
preferiu não disputar o pleito daquele ano de 2000. Cid Arruda Câmara, primeiro
mandato (2001 á 2004), segundo mandato (2005 á 2008). Primeiro prefeito
reeleito, e ainda o primeiro prefeito do século 21. Vale salientar que é o
quarto prefeito da Família Arruda Câmara. Antes seu avô, Antônio Arruda, seu
pai Lauro Arruda e sua mãe Joanita Arruda tinham sido prefeitos de Nova Cruz. A
família Arruda Câmara governou o município de Nova Cruz por seis Mandatos: dois
com Antônio Arruda Câmara (1930 á 1934 e 1945 á 1947); Lauro Arruda Câmara
(1948 á 1950); Joanita Arruda Câmara (1958 á 1962) e Cid Arruda Câmara (2001 á
2004 e 2005 á 2008), Flávio Azevedo (2009 á cumprir até 2012).
Eram tempos iniciais da redemocratização do Brasil, da abertura
política, uma nova Constituição foi promulgada em 05 de outubro de 1988, as
Capitais dos Estados já haviam passado pelas primeiras eleições diretas em
1985, sendo eleito em Natal o Prefeito Garibaldi Alves Filho, derrotando a Sra
Wilma Maia (hoje Wilma Maria de Faria). Em 1986 elegemos os Deputados Federais
Constituintes, entre os quais a própria Wilma Maia e tantos outros. Já estava
marcada a primeira eleição direta para Presidente da República em 1989. Dentre
as normas estabelecidas na nova Constituição, com relação ás eleições, fora
criado o instituto da votação em segundo turno apenas para municípios com mais
de 200 mil eleitores e que tenham sido inscritos mais de duas candidaturas no
âmbito executivo; outro ponto importante foi o instituto da reeleição; o voto
para os que tinha 16 anos, soldados e cabos poderem votar e o recadastramento
eleitoral, para se ter um novo título eleitoral.
Em 1988, Nova Cruz vivia tempos para uma nova eleição de Prefeito.
Surgia um nome jovem de Família tradicional. A família Arruda Câmara apresentava
o nome do Engº Cid Arruda Câmara, contrariando até mesmo as tradições da
família e de sua mãe, dona joanita Arruda, uma das fundadoras do MDB depois
PMDB, Cid Arruda se filia ao PDS e é candidato a sucessão de José Peixoto tendo
Luiz Moreira Neto com seu candidato a Vice-prefeito. Agora na oposição surge o
nome de Targino Pereira no PMDB Tendo como vice José EmÍlIo de Souza “José de
Arimatéia”. Targino Pereira é eleito e começa uma nova fase na administração
pública de Nova Cruz. O jovem Cid Arruda mesmo na derrota, permanece a fazer
política em nossa cidade.
Targino Pereira faz uma das maiores administrações em Nova Cruz.
Revoluciona e desenvolve a cidade. Construções por toda a cidade e zona rural,
calçamento e pavimentação com asfalto de diversas ruas, reconstrução de prédios
escolares e centros sociais, creches, centro de convivência de idosos,
construção do maior mercado público da Região Agreste, instalação de telefonia
na zona rural.
Com tanta realização ficou fácil para Targino eleger seu sucessor, em
que o mesmo propagava que seu sucessor estava nas ruas e nas obras que ele
realizou, qualquer um podia se candidatar com o aval de Targino, que estava
eleito.
Veio o ano de 1992 e surge o nome de Vandi Ernesto como candidato a
prefeito apoiado por Targino e pelo PMDB. Na o posição, surge o candidato do
PT, Severino Ribeiro (TIVA) tendo professora Célia como vice; José Peixoto
Mariano é candidato pela quarta vez, agora pelo PFL (dissidência do PDS) e a
quarta candidatura era a de Cid Arruda Câmara (PDS) tendo Carlos Alberto
Meireles (Bebeto) como seu vice. Pelo trabalho de Targino, foi fácil. Vandi
venceu com maioria sobre os outros três candidatos. O jovem Cid Arruda, mesmo
perdendo pela segunda vez, fica fazendo a boa política em Nova Cruz e convicto
de que sua hora iria chegar.
Vandi não faz uma boa administração. O que consegue é manter as coisas
que Targino havia deixado e construído. Em 1994 Targino se elege Deputado
Estadual e representa muito bem aos novacruzenses e ao Agreste. O final da administração
de Vandi é desastrosa principalmente para o funcionalismo público, que tem seus
salários esquecidos e atrasados.. Vandi Ernesto sai do mandato sem quitar esse
débito com o funcionalismo.
Em 1996, surgem as candidaturas de Germana de Azevedo Targino (PMDB),
mulher de Dr. Targino e tendo uma outra mulher como vice, que era Cema. E mais
as candidaturas de João Peixoto Mariano “em nome de seu pai” o já saudoso José
Peixoto, que havia falecido em 3 de dezembro de 1992, e Cid Arruda que era
candidato pela terceira vez, agora pelo PL e tendo Dra Sandra Guerra com sua
vice. Era o PMDB com uma candidatura forte, pois tinha Dr. Targino como marca
da campanha de Germana contra duas candidaturas que se estivessem unidas,
teriam elegido um nome. Em pesquisas da época o nome era o de Cid Arruda. E
ficou comprovado nos números finais. Os votos de Cid e João Peixoto superavam
os de Germana Targino.
Germana Targino não fez uma administração que agradou aos
novacruzenses, tinha o direito a se candidatar novamente, mais os números
mostravam a sua rejeição perante a população.
FLÁVIO X CID ARRUDA
2000 E 2004 (VER ADIANTE 2012)
O PMDB lança o nome de Flávio Azevedo, então secretário de ação social
do município e sobrinho da Prefeita Germana. A oposição não tem opção e lança
pela quarta vez o nome do já experiente
Cid Arruda Câmara (PFL). Cid topa a parada, mesmo vindo de três derrotas no
âmbito municipal, mais com algumas vitórias a nível Estadual. Cid iria lutar
contra 12 anos de poder do PMDB, lutar contra a estrutura do governo Garibaldi.
Era a primeira eleição informatizada, urnas eletrônicas modernas era a inovação
do pleito municipal de 2000. Uma campanha acirrada e voltada para a juventude.
Aqueles jovens que em 1988, corriam atrás de Cid e eram chamados de “baixinhos
turma da Xuxa”, pois não podiam votar naquele ano. Flávio fazia a campanha da
estrutura, do poder municipal, da máquina administrativa que funcionava a seu
favor. Não teve jeito, Cid Arruda ganha pela primeira vez, era uma ânsia do
povo pela vitória de um destemido, de um cidadão que quatro anos atrás saiu do
Forum vaiado pelos “fanáticos”, mais não baixou a cabeça.
O INUSITADO PEDIDO DE 2º
TURNO EM 2000:
Perdido a eleição o advogado do PMDB, o Dr. José Morais Neto e outras
pessoas correram de imediato ao Fórum Municipal para pedir ao Juiz Eleitoral,
que tivesse o 2º turno nas eleições de Nova Cruz. Olhe que lá havia pessoas bem
esclarecidas junto com o “Advogado”. Ora pois, 2º turno, só com duas situações:
a) tem que haver mais de dois candidatos, só havia Flávio e Cid; b) o município
teria que ter mais de 200 mil eleitores, Nova Cruz contava com menos de 10%
desse número de eleitores
Cid fez do seu primeiro mandato
uma das maiores administrações em Nova Cruz e que credenciou a ser candidato a
reeleição em 2004. Cid Arruda é Candidato pelo PSB, com a eleição de Wilma
Maria de Faria ao governo do Estado em 2002, Cid faz um grande parceria com o
governo do PSB, que contribuiu muito com a Gestão de Cid na prefeitura de Nova
Cruz. Cid é candidato tendo novamente Flávio Azevedo para o embate em 2004.
Flávio perde mais uma para Cid Arruda e agora por três vezes a mais a diferença
de voto da primeira derrota. Cid se torna o primeiro prefeito do século 21 e o
primeiro reeleito na história política de Nova Cruz.
A administração de Cid, em seu segundo mandato é ainda melhor,
trabalhou até o último dia de seu mandato 31 de dezembro de 2008.
ALGUMAS REALIZAÇÕES DA
ADMINISTRAÇÃO CID ARRUDA 2001 Á 2008:
Construção de prédios escolares, creches, calçamentos de diversas ruas
na cidade e na zona rural, novas praças urbanizadas, praças na zona rural,
quadras esportivas da cidadania na sede e na zona rural, proporcionou a
expansão e estruturação para que empresas viessem a fazer loteamentos e
desenvolver nosso município, aquisição do prédio da Escola Cenecista Nestor
Marinho, transformando em Escola Municipal e dando totais condições ao Ensino
Superior, através da Universidade Estadual, com a implantação do seu núcleo,
luta pela construção do Instituto Técnico Federal de Ensino- IFRN, pavimentação
de avenidas como a Assis Chateaubriand e a abertura do “muro de Jericó” que é o
prolongamento da Avenida Assis Chateaubriand com a construção da “ESTRADA DO
FUTURO”, incentivo as melhores festas juninas de Nova Cruz que é o São Pedro do
Povão, criado na administração de Dr. Targino, mais que foi revitalizado a
partir de 2001, trouxe de volta os grandes carnavais com a festa de momo o
carnaval dos carnavais, vivíamos os dias mais bonitos do agreste, neste
período, a cidade já estava toda enfeitada para celebrarmos “O Natal”, o Alto
de Natal do Palácio da Cultura Lauro Arruda Câmara, palácio também obra da
Gestão Cid Arruda, todos os últimos sábados do mês tínhamos apresentações
culturais na praça de eventos Mauro da Cunha Pessoa (praça construída por Cid e
que está abandonada) se teve os melhores campeonatos de futebol amador de todos
os tempos, incentivo a seleção de futebol da cidade para participar de
competições regionais, funcionários pagos em dia e com calendário, professor valorizado
com aumentos substancial e com 14º e 15º salário pago no mês de janeiro (rateio
de fundeb). De novembro a janeiro o comércio de Nova Cruz era impulsionado pela
motivação que era dada pela administração Cid Arruda. Ruas enfeitadas, o TALUDE
com um lindo Presépio de Natal, ruas limpas, servidores com dinheiro para fazer
suas compras e o comércio com a certeza das boas vendas. Era visto no semblante
de cada pessoa a alegria do final de ano. A quermesse promovida pela paróquia
da Imaculada Conceição era muito bem freqüentada e em todas as noites, a virada
de ano era para os novacruzenses e visitantes.
Nova Cruz viveu anos dourados entre 2001 á 2008.
FLÁVIO EM 2008, DE 2603
VOTOS DE MAIORIA...
Em 2008, Flávio Azevedo (PMDB) candidatou-se pela terceira vez, tendo
como vice João Paulo Andrade. Eles venceram a Germano Targino (PP) tendo
Marcelo Cunha Lima Júnior como seu vice. Uma esmagadora maioria de 2603 votos
de diferença. O nome de Flávio estava “nas graças do povo” e com uma campanaha
baseada na promessa de emprego, de cesta básica, de vale gás, de pagamentos de
contas de energia e de água e todo tipo de promessa e povo elegeu o Sr. Flávio
Azevedo de forma espetacular.
O TAMANHO DA VITÓRIA É
O TAMANHO DA DECEPÇÃO...?
Essa mesma forma espetacular de vitória, tem sido a decepção de sua
administração. Quase tudo, ou tudo funciona de forma precária.
Fornecedor que não recebe em
dia;
Prestador de serviço que não
recebe em dia;
Prestador de serviço que não
recebeu e não mais trabalha;
Servidor público com o nome
inscrito no SERASA/SPC
Educação não funciona;
Saúde: hospital fechado, postos
de PSF que não funcionam, Médicos que se recusam a trabalhar em Nova Cruz;
Limpeza urbana: ruas com lixo
por toda parte;
Desordem urbana: qualquer
pessoa pode construir onde quiser;
Comércio desorganizado:
calçadas usadas como “prateleiras”;
As promessas não cumpridas: o
gás, a energia, a água, a cesta básica
Prédios públicos com energia
elétrica cortada por falta de pagamento por mais de uma vez, inclusive a
própria sede da Prefeitura;
O favorecimento aos antigos
adversários de 2008 e escanteamento em aliados. Haja vista, brigou com o
próprio vive-prefeito e é hoje aliado do então adversário Marcelo Júnior que
era o candidato a vice, na chapa perdedora. Deixou de votar em Gustavo
Fernandes para Deputado Estadual em 2010, Gustavo é filho de Elias Fernandes
ex-deputado que sustentou Flávio Politicamente, durante muito tempo, e que fez
a passagem molhada da Comunidade de Lagoa de Serra. Elias Fernandes era Chefe
do DNOCS e conseguiu essa obra para Nova Cruz. Veio para a inauguração e depois
Flávio o deixou de lado. Deu um chega pra lá também no Deputado Federal João
Maia, etc.
Esse é um pouco do retrato da
administração Flávio Azevedo (2008 á cumprir até 2012), com direito a ser candidato
a reeleição.
ELEIÇÕES 2012
Em 2012 é o ano para eleições municipais e em Nova Cruz era aguardado
com muitas expectativas para o pleito, pois estava e foi confirmado um novo
embate para eleger o novo Prefeito entre CID ARRUDA X FLÁVIO AZEVEDO. CID
ARRUDA já havia derrotado FLÁVIO AZEVEDO em 2000 e 2004, portanto viria como
Ex-Prefeito e com larga experiência, enquanto FLÁVIO, tendo vencido a eleição
em 2008, derrotando o então candidato Germano Targino por 2603, Estava como
atual Prefeito e tendo o que “mostrar” para a população de Nova Cruz. O que se
viu foi uma verdadeira lição da população novacruzense a quem não fez nada, a
quem se deu uma confiança, de uma maioria eleitoral jamais vista em Nova Cruz.
Era um novo embate entre CID ARRUDA X FLÁVIO AZEVEDO. FLÁVIO contava com a
“força da maquina administrativa” com o Governo do Estado, com Senadores,
Deputado Federal Henrique Alves, deputado que se acha o próprio poder em forma de ser humano;
FLÁVIO contava principalmente com os desmandos e os desmantelos de uma
administração caótica, que “PROMETEU COMO SEM FALTA e FALTOU COMO SEM DÚVIDA”.
CID ARRUDA, Contou com algumas vantagens como: administrou a cidade de
2001 á 2004 com total zelo a coisa publica transformando uma cidade obscura em
uma cidade de muitas transformações em todas as áreas. E a população aprovou
sua administração reelegendo CID ARRUDA para mais quatro anos, de 2005 á 2008
CID continuou prefeito e fazendo ainda mais a cidade de Nova Cruz crescer e se
estruturar para o futuro. Então a única vantagem de CID ARRUDA, sobre seu
adversário foi à aprovação popular. E o que foi constatado, 2544 votos de
maioria, foi à diferença na vitória de CID ARRUDA sobre o atual PREFEITO Flávio
Azevedo.
03 de dezembro de 2013,
94 anos de emancipação política de Nova Cruz. O que comemorar?
Um município com cerca de pouco mais de 40 mil habitantes e que viveu anos
muito bons, dentro desses 93 anos de “independência política”. Anos como os
mais recentes, entre 1989 á 1992, quando da administração do ex-prefeito
Targino Pereira e de 2001 á 2008 na administração do ex-prefeito Cid Arruda
Câmara, prefeitos que trouxeram o desenvolvimento e o fortalecimento do nome
Rainha do Agreste.
Evidentemente, tivemos outros anos, muito bons, nas décadas de 50, 60 e
70, com grandes administradores que passaram pela história política de nosso
município, como Ormildo Matos, Antônio Arruda, Lauro Arruda, Joanita Arruda,
Severino Augustinho, José Peixoto Mariano, entre outros. Acontece é que foram
períodos em que não se tinha a estrutura organizacional que se tem no mundo
moderno de hoje. O prefeito nas décadas citadas não dispunha de tantos recursos
e também de tantas leis, para regulamentar a administração pública, mais faziam
o que podiam para elevar o nome de Nova Cruz além fronteiras de nossa região, e
que tornaram a cidade, conhecida como a Rainha do Agreste.