quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

HISTÓRIA DE NOVA CRUZ - PARTE 2


As festividades dos padroeiros – Nossa Senhora da Conceição, São Sebastião, Santa Luzia:

A festa de nossa Padroeira havia ganho um impulso muito grande na administração de Cid Arruda, que procurava trabalhar em conjunto com os que organizavam a quermesse, dando toda estrutura possível e não banalizando a parte profana, em não trazer bandas de forró que denegrissem a imagem da festa e afastassem as famílias da quermesse.
Estamos vivenciando exatamente o período da festa da Padroeira da Cidade, Nossa Senhora da Conceição. A quermesse acontece do dia 28 de novembro ao dia 08 de dezembro, data da Padroeira de Nossa Cidade. A paróquia disponibiliza barracas, diversas tendas, mais o que vemos atualmente é uma decadência, no tocante ao apoio e estrutura por parte do poder público que acaba tornando parte da festa em palanque político, a ponte de colocar no meio das festividades da padroeira, um bolo de 15 metros e de cor verde, em alusão ao partido político do atual prefeito, para se comemora o aniversário da cidade que na verdade está completando 92 anos, então a lógica seria um bolo com 92 metros, mesmo que seja verde, azul, amarelo, vermelho, etc. Além de bandas, as chamadas “Forrós de Plástico” que não trás nenhuma cultura e denigre a imagem da festa.
Espera-se que este ano os paroquianos tenham mais as coordenadas da festa da padroeira.
Já as festa de Santa Luzia que é dias 12 e 13 de dezembro é de certa forma mais tranqüila e menos politizada.
Já a próxima festa do Padroeiro do Bairro mais populoso e famoso de Nova Cruz, a festa de São Sebastião promete muito para o ano de 2012, pois é ano de eleição para prefeito e vereador e sempre nestes anos de eleição a festa de São Sebastião, com barracas, leilão, etc., acaba virando um termômetro da popularidade de eventuais e pretensos candidatos
As famílias tradicionais:
No livro ‘NOVA CRUZ’ ”retrato de uma história” do Professor Pedro Marinho da Silva o “Professor Pedrinho”, que nesse período é recomendável a sua leitura, há um Capítulo em especial que me chama muito a atenção, que é o que trata de “PERSONAGENS QUE FIZERAM A HISTÓRIA DE NOVA CRUZ”. Particularmente se eu pudesse e tivesse o Professor Pedrinho que reeditar o livro eu incluiria o nome do meu Pai, o Dr. José Cunha Lima, Advogado, formado pela UFPB, contemporâneo de juristas como Dr. Targino e que escolheu Nova Cruz para colocar sua humilde Banca de Advocacia Geral e tenha sido o pioneiro em instalar em 1980 um Escritório de Advogado na cidade de Nova Cruz, juntamente com o saudoso Josalboas Martins um colega seu e que faleceu poucos anos depois em que montaram o escritório na tradicional Rua 13 de maio. Eram chamados de Advogados da 13. Não se tem registro na história de Nova Cruz de escritórios de advocacia, antes do Escritório de Dr. José Cunha Lima. Hoje com 75 anos de idade e não trabalhando mais o Sr, José Cunha Lima ainda tem Escritório que fica na Rua Dr. Pedro Velho, vizinho a tradicional mercearia do Sr. Luiz Roque. Também hoje há diversos Escritórios de Advocacia espalhados por toda Nova Cruz e a título de registro, o segundo a instalar Escritório de Advocacia em Nova Cruz foi o Dr. José Morais Neto, hoje Procurador Municipal.
“PERSONAGENS QUE FIZERAM A HISTÓRIA DE NOVA CRUZ” E QUE “GOSTAM DE NOVA CRUZ”
Entre tantos novacruzenses citados no livro do Professor Pedrinho citar alguns deles que se dedicaram a engrandecer o Nome de Nova Cruz por toda parte por onde estivessem.
Até hoje existe uma parcela de pessoas de Nova Cruz que residem em Natal e que por motivo de trabalho ou outras situações, se reúnem em uma tradicional missa feita para os novacruzenses radicados na Capital.
Personagens que nos primeiros dias de nossa cidade, formaram a sociedade que gostava e gosta de nossa terra e formaram Médicos, Advogados, Engenheiros, Comerciantes, Autônimos, Atletas Profissionais, Grandes Políticos, Religiosos, Professores enfim grandes homens e mulheres construtores de Nova Cruz.
Aério Nicolau da Costa:
Antônio Arruda Câmara: foi o primeiro grande construtor da obra novacruzense. Não só construtor de obras físicas, como é o prédio da prefeitura, mais construtor de uma família que se dedicou e se dedica por Nova Cruz até hoje;
Alfredo Santana: formou a tradicional família de pessoas que gostam de Nova Cruz. Pai de Higino Nicolau de Santana que foi vereador estimado em nossa cidade;
Adauto de Carvalho: um dos primeiros e brilhante político de nossa cidade, ligado a Antônio e Lauro Arruda até uma abertura política de época e passar ás fileiras da UDN.
Aristides Porpino da Silva: paraibano que chega a Nova Cruz na década de 40 e forma uma grande família. Já falecido, mais a casa onde morou, na rua 7 de setembro ainda reside Dona Iracema, uma Sra com uma lucidez de dá inveja a muito jovem.
Arcelina Fernandes de Souza: Professora, Diretora do Alberto Maranhão, formou gerações de novacruzenses. Hoje dá nome a Biblioteca do Rosa Pignataro.
Celso Lisboa: fundador do União Sport Clube, o que mais gostava de fazer era se dedicar ao futebol de nossa terra.
Diógenes da Cunha Lima: um poeta e escritor, homem sábio e formou uma família bem sucedida e que muito faz por sua terra. Os filhos Arian, Gilma, Marcelo, Daladier, Olindina e Diógenes Filho. Diógenes foi praticamente o criador da festa de Santa Luzia no bairro do mesmo nome. Diógense foi também Promotor de Justiça em Nossa Cidade. Teve dois dos filhos como Reitor da UFRN, Daladier e Diógenes que tem um dos escritórios de Advocacia mais respeitado do Estado. Arian foi Prefeito em Passa e Fica; Dona Gilmar preta relevantes serviços sociais a sociedade novacruzense; Marcelo, agropecuarista e atualmente é Vereador do Nosso Município.
OUTROS NOMES QUE GOSTARAM, GOSTAM E FIZERAM POR NOVA CRUZ
Sr. Edgar Viana;
Sr. Fenelon de Oliveira;
Sr. Gilberto Tinoco;
Sr. José Luiz Moreira;
Sr. José Maurício Barreto (Zé dos Passos);
Sr. José Alexandrino da Silva (Zé do Café);
Sr. Francisco Bezerra Souto: formador de uma família admirável. Proprietário da “CASA FRANCISQUINHO BEZERRA” um comércio que hoje não existe mais, é hoje uma sobrado fechado na rua Dr. Pedro Velho, esquina com Cel. Anísio de Carvalho. Os filhos Adriano, Violante, Ana Maria, Valéria (professora de muita gente aqui em Nova Cruz, me incluo), Dr. Bernardo, médico em Natal.
Sr. José Bezerra dos Anjos (sei Zezito);
Sr. Luiz Pereira;
Sr. Mário Manso:
Dona Dalva Manso; filha de Mário Manso;
Maria Irene de Albuquerque (irmã Irene);
Professora Maria Francelina de Souza;
Sr. Otaviano Pessoa;
Sr. Odilon Amâncio Ramalho;
Dona Joanita Torres Arruda Câmara;
Lauro Arruda Câmara;
Djalma Marinho;
José Peixoto Mariano;
Targino Pereira da Costa Neto;
Cid Arruda Câmara.

Evidentemente, existem muitos outros nomes de pessoas que fizeram parte da história de Nova Cruz.

A política dos anos 60, 70 e 80:
PREFEITOS DE 1962 Á 1988
José Peixoto Mariano (1963 á 1967), Severino Augusto de Morais (1968 á 1972), José Peixoto Mariano (1973 á 1977), Luiz Moreira Neto (1978 á 1982), José Peixoto Mariano (1983 á 1988).
Os anos 60 foram marcados pelo fim das disputas entre UDN e PSD, dando abertura a outras como as entre PDC e o MDB (dissidência do PSD), começava a se destacar o jovem José Peixoto Mariano e a fazer seus sucessores na prefeitura, contando com um aliado muito forte na época que era os tempos da ditadura militar e dos governadores biônicos (governadores que não eram eleitos pelo voto direto). José Peixoto elegeu-se por três vezes, fazendo sucessores como Severino Augusto e Luiz Moreira Neto.
As disputas neste período se centralizavam entre candidatos da ARENA (Aliança Renovadora Nacional), que defendia a Ditadura Militar e o MDB (Movimento Democrático Brasileiro). Desses partidos surgiram o PDS – Partido Democrático Social (antiga Arena) e MDB virou PMDB – Partido do Movimento Democrático Social.
Em 1968, Severino Augusto de Morais (ARENA) foi eleito Prefeito, tendo José de Arimatéia como vice-prefeito que em 1972 rompe com o grupo de José Peixoto para ser o candidato a Prefeito pelo MDB, contra o candidato da Arena, que era novamente José Peixoto Mariano. José de Arimatéia perde a eleição para José Peixoto que vai para seu segundo mandato.
Em 1978 Peixoto faz seu sucessor. É eleito Luiz Moreira Neto (ARENA), Luizinho como era conhecido, tendo o Sr. Antonio Matias da Costa como vice-prefeito. Luizinho havia derrotado o Sr. João Agripino (MDB) e Geraldo Guerra como vice-prefeito.
Os anos 80 começavam as reformas partidárias, mesmo que devagar, surgem novos partidos, dissidências novamente. Surge: o PT, a reafirmação de PCB, a ARENA passa a ser PDS e o MDB passa a ser PMDB. Para 1982 surge a candidatura, novamente de José Peixoto Mariano pelo PDS 1, tendo Anselmo Augusto como vice. E um novo nome na política de Nova Cruz, o Dr. Targino Pereira da Costa Neto, promotor de justiça, tinha sido prefeito em duas cidades no vizinho Estado da Paraíba, em Araruna e Tacima, na década de 70 e nos tempos atuais, mais duas vezes em Campo de Santana, antiga Tacima (2008 á cumprir até 2012), como candidato do PDS 2, TENDO João Agripino como vice (na época podia se ter duas candidaturas pelo mesmo partido).
A oposição no caso o PMDB 1 tinham Geraldo Gerra e PMDB 2 Rivaldo Garcia. José Peixoto Mariano é eleito pela terceira vez, tempos depois Targino Pereira se filia ao PMBD.
O INUSITADO:
As siglas PDS 1 levava o nº 15 e PDS 2 levava o nº 16. Já o PMDB 1 era 55 e o PMDB 2 era 56
As administrações deste período não passavam por fiscalizações e não existiam leis que regulamentassem a eficácia na aplicação de recursos. Com relação ás eleições, até hoje se comenta como era o sistema de votação, na base da cédula eleitoral e em títulos eleitorais com facilidade de cometer irregularidades como “defunto votar”, etc.
Estes prefeitos entre 1962 e 1988 tiveram sua importância na administração de Nova Cruz, mesmo porque qualquer prática administrativa era praxe da época em todo o Brasil.

PRÓXIMA PUBLICAÇÃO SERÁ:
FIM DOS ANOS 80 E A POLÍTICA A PARTIR DOS ANOS 90