terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Caso caia a reeleição
Robinson cogita se candidatar ao Governo em 2014
O vice-governador eleito, Robinson Faria (PMN), cogita se candidatar ao Governo nas próximas eleições. Em entrevista ao jornalista Diógenes Dantas, para o Jornal 96 (96 FM), desta terça-feira (21), o deputado estadual afirmou que, caso a reeleição deixe de ser permitida, ele vai lutar para se eleger.
Caso ela permaneça, no entanto, a candidata natural deve ser a governadora eleita, Rosalba Ciarlini (DEM). “Se ela concorrer ao Governo, terá o apoio do meu grupo”, confirmou o até então presidente da Assembleia Legislativa.
As perspectivas de se lançar ao Governo do Estado, explica Robinson, vêm desde os tempos de aliança política com a ex-governadora Wilma de Faria (PSB).
Na época, entretanto, ele relata que um suposto projeto prematuro de sucessão teria causado divisão política dentro do governo. “Queriam que meu nome se enfraquecesse e que eu não fosse candidato a governador”, reclama.
Neste novo grupo político, o parlamentar se disse “muito à vontade”. Com os novos parceiros, ele espera encontrar o apoio necessário para, caso seja viável, se candidatar ao Governo nas próximas eleições. Agora em 2010, de acordo com o deputado, seu nome apareceu em segundo lugar em pesquisa de intenção de voto realizada há três meses do pleito, mesmo já estando fora da disputa.
“Foi confirmada a viabilidade do meu nome. Caso isso permaneça em 2014, espero me candidatar”. A mesma viabilidade, explica, ocorreu à época do governo Wilma, mas “ninguém queria que eu fosse governador”. Diante disso, o deputado estadual declara que foi fiel à ex-governadora durante todo o tempo da parceria. Em razão disso, diz ter tido participação ativa nos grandes projetos de Wilma, a exemplo da Ponte Newton Navarro.
É esta mesma participação que pretende ter no governo Rosalba, contrariando a máxima de Carlos Eduardo (PDT) de que “vice é vice”. Ainda assim, ele considera que “meu sucesso vai depender do governo Rosalba”.
Quanto a isso, Robinson comentou também sobre a pasta que vai ocupar durante seu mandato: a de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh). De acordo com ele, a secretaria será um dos focos prioritários do governo, que deve investir na construção de adutoras e em projetos de saneamento básico.
O deputado estadual também foi cotado para assumir a Secretaria Estadual de Trabalho, Habitação e Assistência Social (Sethas), cujo titular ainda não foi anunciado.
Além disso, Robinson Faria comentou sobre sua trajetória como presidente da Assembleia Legislativa. Foram oito anos à frente da Casa, totalizando quatro dos seus seis mandatos como parlamentar. Encerrando agora o ciclo na AL, ele foi o presidente mais longevo.
“Foi um desafio muito grande assumir uma casa legislativa e terminar bem. Ao longo deste tempo, entregamos a TV em canal aberto, o primeiro canal legislativo (criado em parceria com o próprio Diógenes), além de outros projetos importantes”. Se referindo a eles, Robinson cita a Assembleia Cidadã que, sem oferecer custos para a Casa, proporcionou o atendimento a 150 mil pessoas.
Outros projetos lembrados foram o Procon, o Parlamento Mirim e a Rádio Web. A FM Assembleia, outra das iniciativas propostas em seu mandato, também já está em andamento.
O vice governador eleito diz se orgulhar também de ter promovido a humanização dos servidores da Casa. “Hoje o funcionário mais humilde tem salário digno, auxílio alimentação e plano de saúde”, afirma, dizendo que antes havia maior disparidade entre os salários e benefícios concedidos aos servidores.
Apesar das conquistas, ele estima que o momento mais difícil ao longo deste período tenha terminado “se tornando fácil por colaboração dos meus colegas”. Como maior desafio, Robinson coloca as tentativas de manter o coro da Assembleia durante o período eleitoral.
“Agora em 2010 só paramos de funcionar faltando uma semana para a eleição”. Quanto às arengas com Wilma e as votações polêmicas para o orçamento do estado no ano passado, ele apenas declara que “isso faz parte”.
E pensando em quem tomará seu lugar na mesa diretora da AL, afirma que ainda não tem candidato certo. Fala apenas que vai apoiar aquele que demonstrar “maior naturalidade e que agregue mais conteúdo para a Casa”. Entre os principais nomes cotados estão o de dois de seus companheiros de partido, Antônio Jácome e Ricardo Motta. Por hora, há maiores chances de que Motta receba seu apoio.(via http://www.nominuto.com/))