CCJ do Senado rejeita chamar Erenice para falar de escândalo na Casa Civil
Foi retirado convite para que Dilma Rousseff também falasse sobre o tema. Oposição desejava ouvir as duas sobre tráfico de influência no órgão.
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado rejeitou nesta quarta-feira (17) chamar a ex-ministra Erenice Guerra para falar sobre o escândalo de tráfico de influência na Casa Civil. Suspeita de participação no suposto esquema de corrupção, Erenice pediu demissão do cargo na dia 16 de setembro. Após a derrota neste caso, a oposição concordou em retirar um requerimento que convidava Dilma para tratar do mesmo tema.
O requerimento convidando Erenice é de autoria de Álvaro Dias (PSDB-PR). Ele disse que era importante o Congresso debater o tema, ainda que não conseguisse avançar nas denúncias.
“O Congresso não pode se omitir nessas circunstâncias. Evidente que não temos pretensão de investigar com profundidade e resolvermos dúvidas em relação a denúncias, o objetivo do Congresso Nacional é propor transparência, é oferecer a população oportunidade acompanhar os fatos”, afirmou o tucano.
O líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), argumentou que o tema já está em investigação na Polícia Federal e, por isso, não havia porque envolver o Congresso. O líder do PT, Aloízio Mercadante (SP), destacou que Erenice já foi afastada do cargo e que o governo tomou todas as medidas necessárias.
Após a votação do requerimento de Erenice, Mercadante pediu que fosse retirado o requerimento sobre Dilma levando em conta o fato de ela ter sido eleita democraticamente para a presidência da República. Álvaro Dias decidiu retirar o requerimento porque não havia possibilidade de sucesso em aprová-lo.( Por Eduardo Bresciani Do G1, em Brasília )