PR quer manter Ministério dos Transportes. Deve indicar o Senador Alfredo Nascimento do Amazonas, que já ocupou a pasta

                                   Sen. Alfredo Nascimento e Dep. Federal João Maia

BRASÍLIA (Reuters) - O Partido da República (PR) quer conseguir ao menos manter sua participação no governo e deverá indicar o senador Alfredo Nascimento (AM) para voltar a ocupar o Ministério dos Transportes, afirmou o líder da legenda no Senado nesta quarta-feira. O partido controla a pasta desde o início do primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O próprio Nascimento passou duas vezes pela pasta e, em abril, entregou o cargo para seu secretário-executivo, Paulo Sérgio Passos, também afiliado ao PR. Em conversas com jornalistas após sair de reunião com o presidente do PT, José Eduardo Dutra, o líder do PR no Senado, João Ribeiro (TO), afirmou que "(o nome do partido é o Alfredo Nascimento) ele é o nome de consenso". Ribeiro disse que o PR possui quatro senadores e elegeu 41 deputados nas eleições de outubro ante 23 eleitos em 2006. Assim, o partido tem interesse em ampliar sua participação no governo. Mas o líder admitiu que há dificuldades para isso e que a prioridade inicial é manter a pasta dos Transportes. Sob o guarda-chuva do ministério, o PR controla ainda a Valec, estatal que está construindo, por exemplo, a Ferrovia Norte-Sul, e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), responsável por investimentos em rodovias. Nascimento e Ribeiro deixaram a sede do PT após se reunirem com Dutra. O presidente do PT está reunido com o presidente do PRB, Vitor Paulo. Dutra, que integra o comando da equipe de transição da presidente eleita, Dilma Rousseff, está desde semana passada se reunindo com líderes dos partidos aliados para definir a composição do futuro governo.

(Reportagem de Leonardo Goy)

Nota do Blog - O Deputado Federal João Maia era tido como um dos ministeriáveis no Governo Dilma Rousseff. Com a Operação Via Ápia deflagrada no DNIT/Rn, suas chances diminuiram e são pràticamente nulas de que venha ocupar um Ministério.