Entrevista com o Secretário Estadual de Saúde Domício Arruda
A Secretaria que o senhor assume tem um débito de R$ 180 milhões. Como o senhor pretende gerir essa pasta?
O débito, na realidade, não sou eu que pago. O governo vai pagar. O problema que estamos enfrentando é a greve das cooperativas que afeta muito o Walfredo. Esse final de semana eu estive sobreaviso no Walfredo, e mais de 30 pacientes que não estariam lá se o contrato estivesse sendo cumprido, ou seja, se o pessoal estivesse trabalhando. Irei à assembleia dos médicos hoje (ontem), eu sou cooperado, sou grevista também. Minha proposta, se for aceita pelos colegas, resolverá o problema. Eu vou propor reconhecer a dívida, dizer que devo, não nego, pago quando puder. Esse quando puder vai ser o mais rápido possível e terá prioridade absoluta.
A Governadora tem falado muito nas entrevistas em fortalecer os hospitais regionais. Como isso será concretizado?
Eu sou o piloto, o plano de vôo foi traçado pela governadora, pela equipe de transição, pelo senador Paulo Davim. Vou m inteirar desse plano e vou contribuir com ele. Pretendo visitar todas as regionais. Eu serei um secretário com tempo integral, dedicação exclusiva.
Mas suas atividades no consultório (ele é médico urologista) como ficarão?
Todas as atividades já estão suspensas. Eu peço até desculpa a minha clientela, mas vou dar opção, temos urologistas muito melhores que eu aqui em Natal, e eu vou passar minha clientela. Ela não ficará insatisfeita.
Tem remédio para saúde no Rio Grande do Norte?
Para saúde o remédio não está só nos frascos de remédio. O que penso é fazer o máximo que puder com o mínimo de recurso. Sei que os recursos são escassos e vou tentar usar da criatividade e algumas coisas que sou mais ou menos, que é no relacionamento com os colegas, nisso vou tentar melhorar cada vez mais.
A Saúde é vista como problemática?
Não é problema. O problema é a doença do paciente
(Blog da AnnaRuth)