Chegam as fortes chuvas
As chuvas de ontem à tarde voltaram a interromper o trânsito de veículos em alguns bairros de Natal, principalmente em pontos crônicos e já conhecidos dos motoristas. A chuva desta terça-feira em Natal foi considerada de "forte intensidade" pelo departamento de meteorologia da Emparn. A medição realizada até as 17h desta terça apontou chuva de 62,6 mm. No entanto, somente no período compreendido entre as 16h e 17h, as chuvas atingiram 34mm, valor considerado "muito alto". A tendência é que as chuvas continuem.“As chuvas de 62,6mm durante o dia, são consideradas um valor alto para o período de um dia. E a chuva entre 16h e 17h, de 34mm, causa transtorno a qualquer cidade porque é é um volume de água muito grande em pouco tempo", disse Gilmar Bistrot.
Aldair Dantas na marginal da BR-101, em candelária, um carro não conseguiu vencer a lagoa formada pelas águas na marginal da BR-101, em candelária, um carro não conseguiu vencer a lagoa formada pelas águas
A situação mais crítica ocorreu com Maria de Lourdes de Andrade Rocha, cujo Pálio preto, placa MYP-8745, sofreu uma pane depois que o interior do carro foi inundado pelas águas que se acumularam na marginal direita da avenida Salgado Filho, à altura dos túneis de acesso e de saída ao campus universitário da UFRN.
Maria de Lourdes Rocha contou que o carro já vinha perdendo aderência do solo por causa da enxurrada, mas resolveu passar pelo trecho alagado de pelo menos 50 metros, no instante em que passava um ônibus. Segundo ela, a marola provocada pelo transporte coletivo jogou o Pálio para a calçada, e só saiu de dentro dele com a ajuda de uns funcionários do Hotel Monza. “Eles foram muito gentis comigo”, dizia ela, que telefonava e aguardava a chegada de um guincho no saguão do hotel.
As chuvas tornaram-se mais forte no final da tarde, entraram pela noite e, com isso, os motoristas tiveram de desviar a rota por ruas secundárias, por exemplo, à avenida da Integração, onde já é comum a inundação do leito do asfalto por causa de transportamento da lagoa pluvial localizada por trás da Salinas Veículos.
Afora o trânsito de veículos, o comércio também foi prejudicado, por exemplo, na avenida Prudente de Morais com a avenida Nascimento de Castro, onde foi colocado um cordão de isolamento no posto L. Cirne, de bandeira BR, porque os veículos não tinham como ter acesso às bombas de combustíveis. O trânsito também fluía com lentidão na avenida Prudente de Morais, ao lado do Corpo de Bombeiros, porque a drenagem ali situada não é suficiente para o escoamento das águas pluviais em dias de chuva intensa e prolongada.
Para evitar mais transtornos a altura dos túneis, ônibus e automóveis desviavam por ruas transversais à marginal direita da avenida Salgado Filho, no sentido Natal-Parnamirim. A outra alternativa dos motoristas era prosseguir pela pista central do Complexo Senador Carlos Alberto de Souza.
Alguns motoristas mais afoitos, tiveram de ficar pelo caminho, por exemplo, quando tentaram passar a lagoa formada na pista da avenida Capitão Mor Gouveia, no conjunto residencial Lagoa Nova. Lá, os carros tinham de desviar pela rua São José, a fim de pegarem a Prudente de Morais em Candelária, ou realizarem o contorno para pegarem a rua Jaguarari e, daí, entrarem à direita no sinal de quatro tempos, a fim de prosseguirem para a Cidade da Esperança e outros bairros da zona Oeste de Natal.
FONTE: tribunadonorte